Não perca tempo para ganhar tempo



A palavra tempo vem do latim tempus  e deriva do grego  témno,  que significa “cortar em pedaços”, “dividir”, ou seja, em sua epistemologia, já temos a proposta de divisão ou de fatiamento. Se o seu significado é dividir  ou mesmo fatiar, porquê o tempo virou sinônimo de pouco, de efêmero, de dinheiro,  de não tenho ou de quando eu tiver? Que propriedades ele possui para que ele seja tão diferente e ao mesmo tempo tão democrático? Que diferenças tiveram ou tem o tempo para pessoas como Steve Jobs, Walt Disney, Nelson Mandela ou qualquer um de nós? A resposta para muitas destas indagações, sobre o tempo, estão na compreensão, nas prioridades e nos objetivos que estabelecemos para as nossas vidas.
O tempo, nos moldes que conhecemos, é uma medida, genuinamente, humana, ou seja, para as demais espécies ou seres vivos não existe essa necessidade de metrificar os seus momentos, cada acontecimento está contido no ciclo universal das mudanças e, diferente dos homens, enquanto espécie, não sofre adjetivações, variações ou mesmo quantificação, tudo transcorre em um fluxo natural e instintivo. Porém, para os humanos, o mesmo tempo das demais espécies e seres vivos, tem  um dicionário de variações, muito embora, seja o mesmo, enquanto métrica, para cada um. E se é o mesmo, enquanto métrica para cada um, por que se tem a sensação que alguns desfrutam de mais tempo do que outros? Se somos seres vivos tal e qual aos demais, por que dispomos de tantas indagações para como o tempo?  Certamente, muitas das possíveis respostas estejam contidas  na indisposição de entender o que queremos e o que iremos fazer com o que conquistarmos.
Não perder tempo para ganhar tempo, nada mais é do que estabelecer objetivos sólidos e fixos para as nossas vidas. É estabelecer o que se quer e o quanto estamos dispostos a fazer para migrarmos de onde estamos para onde queremos ir. É acreditar que as horas dos dias, que dispomos, são poucas para as nossas realizações e o suficiente para sermos felizes.  Steve Jobs quando decidiu abandonar a faculdade e ingressar em um curso de serigrafia, estava muito ciente dos seus propósitos. Walt Disney quando idealizou o rato mais famoso do mundo, Mickey Mouse, tinha muito claro em suas convicções que deveria revolucionar a indústria de animações. Mesmo depois de vinte e sete anos de prisão, Nelson Mandela não deixou apagar, em seu ímpeto, o ideal que o levou a cadeia, a luta pelo fim do Aparthaid.
 Democraticamente, todos os citados, assim como outros não citados ou qualquer um de nós, desfrutaram e desfrutam de 24 horas em seus dias, por que alguns realizam as seus objetivos e outros não? Simplesmente, porque as grandes realizações, os grandes feitos e as grandes descobertas caminham na esteira do planejamento, das prioridades e do gerenciamento da divisão do tempo que a vida nos impõe.
Com tudo, ganhamos tempo, quando em vez de concentrar  forças em algo que não se encontra com os nós nossos objetivos, devemos focar nas metas que nos levarão a conquista do que almejamos. Com tempo ganho, nos sobra disposição, multiplicam-se as oportunidades e os problemas transformam-se em soluções para futuras conquistas.                   

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