Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2012

Uma águia feita de água

          Tornasse um balzaquiano, por si, não é uma atividade fácil, pois, sem que percebamos, temos três décadas de aprendizagem, conflitos, fantasmas e vivências que, inevitavelmente, nos proporcionam a oportunidade de se atritar com a vida, e desta sentença, tirar ensinamentos. O balzaquiano, além do fardo das décadas que recaem sobre seus ombros, ainda sofre com um intenso processo de mudança similar ao das águias.             As águias, ao chegarem à metade do percurso de suas vidas, se deparam com um duro processo de renovação que se não encarado, a morte é a sua única opção. Metaforicamente, balzaquianos e águias se parecem, ambos durante os primeiros trinta anos do percurso de suas vidas, sofrem com a renovação ou morrem pelas velhas competências, convicções ou habilidades.               Como balzaquiano existencialista, encaro cada acontecimento de minha vida como fruto das minhas escolhas e resultado direto da condenação à liberdade que todos temos que sofrer, para