Da SOLIDÃO a SOLITUDE
A contemporaneidade carrega
sobre si, um fardo paradoxal: “NUNCA ESTIVEMOS TÃO
INTERCONECTADOS E TÃO DESINTEGRADOS”. Dia após dia nascem novos
aplicativos ou mídias no geral com o intuito de interconectar as
pessoas, que, proporcionalmente, se aproximam das que lhe estão
distante e as que estão próximas, no calor do “aqui e agora”,
estão cada vez mais distantes
Segundo
o pesquisa realizada recentemente em Moscou por
Christopher Swader, cientista do laboratório de pesquisas sociais
comparativas da Escola Superior de Economia da Rússia, em conjunto
com as informações do Estudo Mundial de Valores, demonstra que os
habitantes de metrópoles modernas preferem a companhia de seus
amigos a dos seus familiares. A vida solitária é uma realidade
crescente nas grandes cidades mundo a fora. Estudo recentes apontam
que um em cada quatro pessoas sentem- se sozinhos.
John
Cacioppo, professor da Universidade de Chicago, em um estudo iniciado
em 2002 sobre solidão, aponta que o sentimento de solidão é
crescente. Segundo o professor Cacioppo a solidão apresenta efeitos
colaterais que vão da imunidade baixa ao causas do suicídio. E
falando de suicídio, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS)
o Brasil ocupa o 4º lugar em suicídio e 90% deles são provocados
por sentimentos de isolamento, consequentemente, solidão.
Afinal,
o que é a SOLIDÃO? A respostas está na separação das sílabas da
palavra. SÓ LI DÃO deixa subentendido que os solitários querem
apenas receber e não mostram disposição ânimo a doar o que
recebem. Doar o que recebemos nos eleva do patamar da solidão ao
patamar da solidaridade. E migrar de um patamar a outro é nos
obrigar a buscar a SOLITUDE. ]
Solitude
pode-se definir, em poucas palavras, como acompanhar-se de si mesmo e
não se sentir sozinho, é poder diante das ausências que a vida nos
impõe estar alinhado aos nosso intentos e, consequentemente, o nosso
propósito de vida.
Qual
o seu propósito de vida? Se não sabe ou não tem, está na hora de
começar a refletir sobre isso. Se você acorda só a partir do toque
do despertado ou executa as suas ações automaticamente, apenas para
cumprir o inevitável para sua sobrevivência, é hora de redefinir
usa prioridades.
A
solitude e o propósito de vida estão metaforicamente tal e qual os
ossos e os músculos. Se os ossos forem separados dos músculos os
mesmos caem, assim a solitude e o propósito da vida, sem propósito
em nossas vidas, não temos como está bem conosco e ter um bom
convívio consigo.
Com
tudo, podemos migrar da solidão a solitude se tivermos acuidade
sensorial para perceber os sintomas de uma crise que se avista e,
diante dela, buscarmos as intenções positivas e a sua mensagem
separada da forma que se manifesta. Migraremos com serenidade, de um
ponto a outro se compreendermos os “PORQUÊS” e buscarmos o
“COMO” de cada uma das situações que a vida no impõe.
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