A prosperidade é uma questão de hábitos



“Quando a alma está feliz, a prosperidade cresce, a saúde melhora, as amizades aumentam, enfim, o mundo fica de bem com você...! O mundo exterior reflete o universo interior”                                                                                                                               Mahatma Gandhi
Você já se viu refletindo sobre prosperidade? Que resposta obteve? Que elementos são necessários para conquistá-la? Interrogações como essas são constantes na vida de muitas pessoas, mas muitos destes não buscam respostas e poucos a respondem. E você? Busca responder as suas indagações sobre prosperidade ou se conforma com a condição que tem e não busca ser próspero?

Prosperidade é uma palavra de origem latina, vem de PROSPERARE “obter o que se deseja, ter sucesso”  e de PROSPERUS, afortunado. Sendo assim, prosperar significa conquistar o que se deseja, ser afortunado e, consequentemente, ter sucesso.
Uma vez compreendido o seu significado, é corriqueiro a típica indagação: Como faço para ter prosperidade na minha vida? O primeiro passo para adquirir a resposta a essa indagação é descobrir o que se quer e uma vez entendido o que se deseja, detectar os hábitos que nos mantem onde estamos e nos impedem de chegar onde almejamos.
Charles Duhigg, jornalista investigativo do New York Times, é auto do livro o Poder do Hábito analisa a estrutura dos hábitos humanos. O livro sustenta a tese que se tivermos consciência dos nossos hábitos, ou seja, a deixa, a rotina e a recompensa, poderemos manter o que motiva as nossas ações e o que ganhamos com as ações realizadas, apenas teremos autonomia quanto as rotinas que automatizam os hábitos, ou seja, poderemos alterar as rotinas para rotinas não danosas à vida.

            A estrutura do Hábito, analisado por Charles Duhigg, e composto pelo tripé gatilho, rotina e recompensa, porém o anseio é relevante nessa estrutura. Se levarmos em conta que o hábito é uma sequência de comportamentos que ocorrem de uma forma automática, podemos nos indagar: Quando os comportamentos tornam-se automatizados e quando não reflito sobre os ônus que um comportamento X ou Y pode proporciona a minha vida? Muitas dessas respostas são respondidas em nosso anseio de proteção, de conforto, de atenção e de preservação de vida.

            A gatilho do hábito é o disparo ou click que acionamos no cérebro seja através de sensações sinestésica, visuais, auditivas ou gustativas para iniciar a automação da rotina. Uma vez disparado o click escolhemos a rotina que nos encaminhará as recompensas.

            No estágio da rotina estamos no piloto automático na busca da recompensa, a repetição caracteriza as nossas ações observadas seja em atividades intelectuais, emocionais ou físicas. Neste estágio dos hábitos perdemos a racionalização dos movimentos tal e qual perdemos quando, após anos de prática de direção um motorista, diferente de um principiante, não mede os movimentos como se estivesse seguindo um manual de passo a passo, as suas ações ocorrem naturalmente sem muita reflexão, e sim com automação inconsciente.
           
Por fim, a recompensa, motivo maior dos anseios e das rotinas, o momento almejado e a justificativa de todos os hábitos. São pelas recompensas que automatizamos as nossas rotinas e disparamos um click em nosso cérebro aos sermos estimulados por sensações físicas, pelo paladar e pela audição. É nesse componente do hábito que identificamos o que queremos e, consequentemente, passamos a ter o poder de barganha quanto à alteração de nossas rotinas. Durante o estágio da recompensa identificamos os nossos hábitos e estabelecemos as pontes para novos hábitos.

Os hábitos que temos em nossas vidas são movidos por anseios que nos levam a gatilhos que, por sua vez, desenvolvem rotinas que nos proporcionam recompensas. Com a prosperidade não é diferente. Prosperamos quando desenvolvemos rotinas que agrega valor ao nosso projeto de vida e que nos impulsionam a continuar mesmos diante dos percalços, dos medos e das ansiedades.Olhando para as biografias de pessoas prósperas, sejam na ciência, na música, no cinema ou nos esportes todas elas tiveram seus hábitos condicionados aos seus objetivos desejados e ao tempo necessário de maturação dos seus intentos. Intentos esses, que eram recheados de resiliência e perseverança. Os seus projetos de vida prosperaram, porque os mesmos sabiam o que queriam e focaram em hábitos que agregavam valor aos seus intentos. A prosperidade os envolveu pelo simples fato de terem mantido ou mesmo adquiridos hábitos saudáveis que lhe proporcionaram recompensas significadas as suas vidas e a história da humanidade.   
          Com tudo, a prosperidade vem proporcional ao abandono de hábitos danosos e suas falsas recompensas e ao condicionamento a hábitos engrandecedores e as suas recompensas afortunadas.

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