Diário de um balzaquiano existencialista
Primeiro dia: 18/05/2012
“Transeunte angustiado”
Fortaleza, 18 de julho de 2012
Pode parecer estranho, mas o segundo dia da semana para todas as outras pessoas, para mim, soou como o primeiro de algumas licenças, dada, a minha rotina diária que é, antes de mais nada, escravizada por excessos vazio tão pertinentes para a sobrevivência no século XXI.
Licenciar-se de um veículo em uma grande cidade, como Fortaleza, pode parecer, no mínimo, loucura, porém tornasse uma grande oportunidade para buscar atrito como os espaços públicos. Atrito no sentido de se vasculhar e pular da inércia do conforto que a rotina nos proporciona. É se proporcionar uma paralaxe de espanto, mesmo estando diante do óbvio. É como retirar a neblina que a efemeridade traz em cada instante e por está em uma bolha motorizada, não me permito vê que é nos detalhes do meio que está o fim para todo recomeço.
Andar por caminhos dirigidos desnuda verdades incontestáveis e camuflagens que o tempo ganho ou o tempo a perder não nos deixa perceber. Os caminhos por mim traçados em outros tempos revelam outros lugares, os ônibus que percorriam antigas rotas mantêm a sua rotina, porém se antes um nome a sintetizava, hoje o descrição fiel de seu trajeto descarta o improvável da descoberta e a dúvida interrogativa que só o novo e o acaso proporcionam. Os passageiros que outrora, distribuíam interlocução, interação e receptividade, se enclausuraram em sonoplastias fonográficas particulares. É como se fossemos, para cada um de nós, estrangeiros interplanetários invisíveis que não possuem nenhuma possibilidade de contato imediato.
A relação que o tempo passou a ter, me deu a sensação de que o perto nunca pareceu tão longe e o longe nunca foi tão perto. As pegadas que ficavam para trás me proporcionavam uma angústia com a possível presença do inesperado que existe em nos brinda com a sensações hibridas, do esperado que pode não ser como se espera.
O primeiro dia, embora sendo o segundo no calendário lunar, me trouxe experiências existenciais interessantes que somente as minhas escolhas em um passado não distante poderiam justificar. Se foram boas ou ruins, já não importam mais, o fato é que se não tenho escolha, a não ser escolher, prefiro transitar o agora como se o ontem não existisse e com se o amanhã não dependesse de nada até se tornar um hoje.
Kildery Amorim Maciel
“Transeunte angustiado”
Fortaleza, 18 de julho de 2012
Pode parecer estranho, mas o segundo dia da semana para todas as outras pessoas, para mim, soou como o primeiro de algumas licenças, dada, a minha rotina diária que é, antes de mais nada, escravizada por excessos vazio tão pertinentes para a sobrevivência no século XXI.
Licenciar-se de um veículo em uma grande cidade, como Fortaleza, pode parecer, no mínimo, loucura, porém tornasse uma grande oportunidade para buscar atrito como os espaços públicos. Atrito no sentido de se vasculhar e pular da inércia do conforto que a rotina nos proporciona. É se proporcionar uma paralaxe de espanto, mesmo estando diante do óbvio. É como retirar a neblina que a efemeridade traz em cada instante e por está em uma bolha motorizada, não me permito vê que é nos detalhes do meio que está o fim para todo recomeço.
Andar por caminhos dirigidos desnuda verdades incontestáveis e camuflagens que o tempo ganho ou o tempo a perder não nos deixa perceber. Os caminhos por mim traçados em outros tempos revelam outros lugares, os ônibus que percorriam antigas rotas mantêm a sua rotina, porém se antes um nome a sintetizava, hoje o descrição fiel de seu trajeto descarta o improvável da descoberta e a dúvida interrogativa que só o novo e o acaso proporcionam. Os passageiros que outrora, distribuíam interlocução, interação e receptividade, se enclausuraram em sonoplastias fonográficas particulares. É como se fossemos, para cada um de nós, estrangeiros interplanetários invisíveis que não possuem nenhuma possibilidade de contato imediato.
A relação que o tempo passou a ter, me deu a sensação de que o perto nunca pareceu tão longe e o longe nunca foi tão perto. As pegadas que ficavam para trás me proporcionavam uma angústia com a possível presença do inesperado que existe em nos brinda com a sensações hibridas, do esperado que pode não ser como se espera.
O primeiro dia, embora sendo o segundo no calendário lunar, me trouxe experiências existenciais interessantes que somente as minhas escolhas em um passado não distante poderiam justificar. Se foram boas ou ruins, já não importam mais, o fato é que se não tenho escolha, a não ser escolher, prefiro transitar o agora como se o ontem não existisse e com se o amanhã não dependesse de nada até se tornar um hoje.
Kildery Amorim Maciel
Essa percepção provavelmente será destruída por um despachante qualquer... O cheiro do novo, a temperatura perfeita e o mínimo esforço são atrativos quase indestrutíveis nessa sociedade. Concorda? rsrs
ResponderExcluirO inevitável hedonista nos embriaga, porém a resistência tornasse questão de honra!rsrsrsrsr
ResponderExcluirMinha mãe sempre diz:Não há dor que dure para sempre!
ResponderExcluirTudo é vário.Temporário.Efêmero.Nunca somos,sempre estamos!
E apesar de saber de tudo isso.Porque algumas dores duram tanto?
Porque alguns sentimentos(diga-se de passagem os mais ridículos) demoram tanto a passar?
Porque olhar pra ele reaviva esperanças perdidas e suscitas lágrimas quentes até então contidas?
Porque o cérebro ainda não inculcou no coração que esquecer faz bem a sáude?
Porque tudo não pode ser como um bonito filme francês?
(Chico Buarque)