Sociedade de Plástico
Nas últimas semanas do mês de abril, a indústria fonográfica do forró, dito, eletrônico se sentiu ofendida pela declaração do então secretário de cultura da Paraíba, o cantor e compositor, Chico César. Chico César, teria dito que a secretaria de cultura da Paraíba não iria destinar recurso a essa modalidade de forró, por atribuir a mesma, o título de plástico, além de, ter refletido sobre o sufocamento sofrido pelo forró tradicional proporcionado pelo monopólio fascista dos anti-democráticoS da indústria dos “jabás”.
A declaração de Chico César, externa apenas a ponta do “ iceberg”. Se o forró eletrônico, de músicas pornográficas e de incentivo ao alcoolismo irresponsável, é considerado plástico, logo, descartável, imagine outros temas da sociedade. Quando olhamos para a moda, temos o velho tornando-se novo e o velho virou o sinônimo de moderno. O que falar dos ditos valores morais, que de morais não tem quase nada, preservam uma aparência que quando desvelados, externam um amoralismo que escandalizaria até, o maior mal caráter.
O pior de se ter uma sociedade de plástico é que embora tudo seja descartável, a sua decartabilidade provoca impactos incalculáveis à humanidade. O plástico embora leve um pouco mais de quatro mil anos para se decompor, o seu impacto ao mundo é irreparável. Essa decartabilidade da sociedade de plástico provoca um efeito um tanto quanto curioso. Se todos os conceitos, valores, normais e comportamentos são criados e extintos a todo estante, todo e qualquer comportamento que priorize a durabilidade, a permanência e as continuidades é menosprezado e reprimido. Por exemplo, Chico César por ter uma posição clara e fundamentada sobre o assunto, foi taxado de preconceituoso e ditador, mas se o mesmo tivesse tido um posicionamento sem fundamento e justificável teria uma maior aceitação. Mas se analisarmos as justificativas de Bruna, Sufistinha sobre a sua biografia de plásticos, onde a mesma declara que a sua entrada na prostituição tem um caráter de crítica à sociedade, pelo contrário, temos a visível e notória falta de heróis da sociedade brasileira, bem como, a sua necessidade de criar ícones plastificados que nada contribuem e só são notados, pela polêmica momentânea que causam. Mas, como atendem ao dilema da decartabilidade e das justificativas infundadas, viram filme e entram na lista de “best seller” dos mais lidos da Revista Veja..
Embora o quadro não seja positivo, quanto a todas as essas fragmentações, resta a todos nós, a busca de valores que se renovem e sejam reaproveitados pelas novas gerações. O espanto diante da normalidade deste conceito “ o novo sufoca o novo” da sociedade de plástico exige, antes de mais nada, sair da zona de conforto que inevitavelmente, resulta em enxergar o óbvio e buscar todos os norteamentos da vida a partir da ética.
Kildery Amorim Maciel
A declaração de Chico César, externa apenas a ponta do “ iceberg”. Se o forró eletrônico, de músicas pornográficas e de incentivo ao alcoolismo irresponsável, é considerado plástico, logo, descartável, imagine outros temas da sociedade. Quando olhamos para a moda, temos o velho tornando-se novo e o velho virou o sinônimo de moderno. O que falar dos ditos valores morais, que de morais não tem quase nada, preservam uma aparência que quando desvelados, externam um amoralismo que escandalizaria até, o maior mal caráter.
O pior de se ter uma sociedade de plástico é que embora tudo seja descartável, a sua decartabilidade provoca impactos incalculáveis à humanidade. O plástico embora leve um pouco mais de quatro mil anos para se decompor, o seu impacto ao mundo é irreparável. Essa decartabilidade da sociedade de plástico provoca um efeito um tanto quanto curioso. Se todos os conceitos, valores, normais e comportamentos são criados e extintos a todo estante, todo e qualquer comportamento que priorize a durabilidade, a permanência e as continuidades é menosprezado e reprimido. Por exemplo, Chico César por ter uma posição clara e fundamentada sobre o assunto, foi taxado de preconceituoso e ditador, mas se o mesmo tivesse tido um posicionamento sem fundamento e justificável teria uma maior aceitação. Mas se analisarmos as justificativas de Bruna, Sufistinha sobre a sua biografia de plásticos, onde a mesma declara que a sua entrada na prostituição tem um caráter de crítica à sociedade, pelo contrário, temos a visível e notória falta de heróis da sociedade brasileira, bem como, a sua necessidade de criar ícones plastificados que nada contribuem e só são notados, pela polêmica momentânea que causam. Mas, como atendem ao dilema da decartabilidade e das justificativas infundadas, viram filme e entram na lista de “best seller” dos mais lidos da Revista Veja..
Embora o quadro não seja positivo, quanto a todas as essas fragmentações, resta a todos nós, a busca de valores que se renovem e sejam reaproveitados pelas novas gerações. O espanto diante da normalidade deste conceito “ o novo sufoca o novo” da sociedade de plástico exige, antes de mais nada, sair da zona de conforto que inevitavelmente, resulta em enxergar o óbvio e buscar todos os norteamentos da vida a partir da ética.
Kildery Amorim Maciel
muito bom texto, prof.
ResponderExcluiresse foi pro JOrnal Delfos.
Redirecionei teu blog de lá tb.