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Mostrando postagens de abril, 2011

O dois se fez um e cada um, é um doado ao outro

Nos extremos,nos aproximamos Na ausência, te tenho presente Na “saldade,” o gosto pela vida No gosto pela vida, o tempero do afeto Na construção do pós, temos um a priori Nas infinitas possibilidades, todas remetem a você Na angústia do não saber , o permitir aprofundar Nas interferências do nosso melhor viver, a teimosia que anseia, o fortalecimento da nossa congruência. No remar ao contrário do posto, o preço de algumas incompreensões. Na ansiedade, me faço sereno na busca do a posteriore. Na tua pura inocência , vejo a serena experiência do certo a fazer Na discórdia dos pensamentos ,a síntese que nos faz melhores No incômodo das regras incestuosas umbilicais, o seu diferencial Nas insistências nostálgicas, a prisão diante do novo ,porém, o referencial de norteamento. Nos defeitos, a motivação que me fazer melhor, nas qualidades, um poço de renovação e a certeza que o amor é possível, embora fora de moda No acúmulos dos anos, o desnudamento dos nossos segredos, o pos...

Trezentos e setenta e cinco dias vezes três.

O tempo como refém, insiste em nos curvar a noção de espaço e quantidade. Mas em você, a temporalidade se perde no teu sorriso No calor das tuas carícias, me reporto ao conforto do ventre materno Nas angústias, o dois se faz um e cada um é um doado ao outro Na efêmera sensação do agora, me eternizo nos segundos ao teu lado Nas dúvidas e nos receios, me perco na certeza da cumplicidade dos nossos momentos No agora, insisto em sentir o depois No pouco, saceio o excesso Enquanto muito, me parece tão pouco Nos anos a sensação de todos os outros em um só Os dias, como semanas e os meses como segundos felizes O eu te amo, não nas articulações faciais, mas nas pequenas atitudes. O Hoje vivido no ontem e o ontem no amanhã das memórias dos 1095 dias, que como leme, é práxis nas nossas vidas e nos norteia, ao infinito! Na celestial magnitude do teu reinado, me faço de servo a rei. Na subtração das nossas diferenças, somamos muitas semelhanças Por fim, chego ao começo, onde do silê...

Panegírico ao efêmero

Admitir que a primeira década do século XXI foi no mínimo sinônima de um espetáculo curto e obsoleto é entender que a satisfação está entre o correr para alcançar e logo largar. Os excessos vazios proliferam-se em uma progressão geométrica, bem como, as contradições. Outro aspecto a ser analisado é que, se pensarmos em termos de coletivo só nos foi concebido a oportunidades de desenvolvimento das nossas ferramentas hedonistas. Em vista disso, a apologia dos contrários reinou, bem como se estendeu aos limites nunca então alcançados. O que antes parecia errado tornou-se certo, o que outrora era inconseqüência, bom senso passou a ser, a moral e a boa conduta perderam o bonde da história e ocuparam os espaços de uma vaga lembrança, as amizades deixaram de ser meio de sobrevivência mutualista para se restringir a fins egoístas de satisfações individuais, a afirmação e a negação desceram do palco antagônico e transformaram–se em uma moeda de uma só face, aquilo que condeno tornasse o ...